Um estudante provavelmente terá mais facilidade a resolver uma situação problemática do seu cotidiano se está habituado com a uma postura investigativa, quando se dispõe a buscar respostas para as dúvidas que surgem, ao invés de recebê-las prontas. A escola é um dos lugares propícios para desenvolver no aluno o “espírito” investigativo. Sabendo disto, os professores Matheus Dibai, Priscilla Bietes e Simone aplicaram aos alunos dos 7º anos, do turno da manhã e tarde, das unidades Floresta e Pompeia, a oficina intitulada: Trabalho investigativo com a torre de Hanói. A torre de Hanói é um jogo que tem a seguinte estrutura: uma base retangular ou circular sobre a qual estão três pinos, e em um desses pinos são encaixadas sete discos de diâmetros decrescente a partir da base.
Esta oficina, além de oferecer uma abordagem diferenciada para o estudo de potências, teve como intuito levar os alunos, por meio de uma investigação, a buscarem solução para um problema que consistia em transportar 7 discos de uma pino para outro, com o menor número de movimentos possíveis. Primeiramente eles trabalharam na tentativa do erro. A partir do momento em que foram questionados pela professora sobre a estratégia que utilizavam, e ao mesmo tempo impelidos a trabalharem de maneira investigativa e sob várias intervenções da professora, os alunos passaram a perceber que poderiam agir de maneira mais assertiva. Notaram que havia um padrão nos movimentos e até mesmo uma fórmula matemática, que envolvia a potenciação, a qual permitia calcular a quantidade mínima de movimentos a serem executados.
A atividade foi desafiadora, no que dizia respeito a encontrar a solução para o problema proposto. Contudo, propiciou aos alunos um momento no qual tiveram que se colocar como um detetive, que não se contenta enquanto não desvenda a solução de um problema. A aula se deu em um ambiente em que os estudantes tiveram que pensar matematicamente, tiveram que fazer inferências, levantar hipóteses, confrontar respostas. E no final o que se viu foram alunos com a cabecinha “saindo fumaça”, mas satisfeitos por terem conseguido resolver algo que a principio julgavam impossível.