Os pais, os responsáveis e os demais adultos presentes na vida dos adolescentes sabem que, à medida que eles vão crescendo, tendem a preferir amigos a família. Isso não significa que eles não continuem precisando do apoio, do cuidado e das orientações dos seus familiares.

Para os adolescentes, as relações com os colegas são muito importantes e demandam grande parte de sua atenção. Em tempos de isolamento social como forma de prevenção ao novo corona vírus, os jovens podem apresentar sintomas de ansiedade e insegurança e, consequentemente, descuidarem-se em relação às recomendações de prevenção de disseminação da doença, colocando em risco a própria saúde e a do restante da família.

Portanto é importante nos atentarmos para alguns pontos:

  • Antes de tudo, informe-se e controle seus próprios medos: os adolescentes precisam ter informações confiáveis. Ao esclarecer dúvidas, os pais precisam estar preparados para respondê-las, desmentir boatos e não aumentar a ansiedade.
  • Diga a verdade: fale sobre o coronavírus de forma clara e simples. Explique que o corona vírus desenvolve uma doença chamada COVID-19, que é semelhante a uma gripe com comprometimento respiratório. Cientistas do mundo todo estão pesquisando sobre a cura da doença. O que se sabe é que todos estão sujeitos à contaminação, mas as pessoas mais afetadas têm sido as mais velhas ou com alguma doença crônica.

  • Para perguntas como “E se meus avós ficarem doentes?”: Essa é uma boa “deixa” para conversar com seus filhos sobre responsabilidade social e exercício da ética. Respeitar o isolamento social e manter boas práticas de higiene pessoal são medidas que devem ser adotadas visando o bem comum. O ideal é adotar essas medidas para evitar se contaminar e correr o risco de transmitir o vírus aos mais velhos. Explique que quanto mais cuidado tiver, menos pessoas irão se contaminar e, dessa maneira, não iremos comprometer o atendimento médico pelos sistemas público e privado de saúde.

  • Desencoraje qualquer tipo de preconceito: Lembre os adolescentes que eles não podem discriminar nenhuma pessoa, virtualmente ou pessoalmente, por causa da doença. Muitas pessoas têm sofrido discriminação nesse período de pandemia.
  • Acolha com atenção e afeto: Faça-se presente física e psicologicamente, oferecendo sua escuta e incentivando seu filho a expressar-se. Aproveite esse momento para fortalecer os laços e as relações familiares.

  • Dê apoio e incentivo: oriente o adolescente quanto à organização dos estudos criando uma agenda sistemática da rotina diária e semanal. Sugerimos que façam chamadas de vídeo com os colegas, mantenham bons hábitos alimentares e pratiquem atividades físicas em casa mesmo, para aumentar os níveis de serotonina e endorfina.

Façamos todos a nossa parte, fortalecidos na esperança de que muito em breve retornaremos à rotina diária, respeitando e cuidando do bem comum.

Caso perceba que você ou seus filhos precisam de ajuda para lidar com situações de estresse ou ansiedade durante o período de isolamento social, indicamos que procurem por ajuda profissional, entrando em contato com alguma rede de apoio formada por psicólogos que fazem esse tipo de atendimento.

Em Belo Horizonte, uma equipe de psicólogos está disponível todos os dias da semana, revezando em plantões das 10h às 22h, para conversar e minimizar problemas de quem está em isolamento. O número disponível para atendimento é o (31) 98399-4602.

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